A dor é um fator crítico em problemas de comportamento de cães e gatos: 78% dos casos de agressividade em cães relacionam-se a condições dolorosas (Camps et al., 2012), até 90% dos gatos idosos têm osteoartrite não diagnosticada (Mills et al., 2020), e 50-80% dos cães com sensibilidade a ruídos apresentam dor musculoesquelética (Lopes Fagundes et al., 2018), reforçando a necessidade de avaliação veterinária antes de intervenções comportamentais (Overall, 2013).

A saúde intestinal dos cães pode modular seu comportamento e humor, graças à comunicação bidirecional entre o cérebro e a microbiota (eixo intestino-cérebro), com pesquisas apontando que disbiose intestinal está associada a ansiedade e agressividade, abrindo caminho para intervenções como probióticos e dietas específicas para melhorar o bem-estar animal (Smith et al., 2020; Johnson & Lee, 2021; Garcia et al., 2023).

O treino animal baseado em reforço positivo modula comportamentos e promove bem-estar, reduzindo stress e fortalecendo o vínculo humano-animal, com pesquisas indicando 90% de eficácia na modificação comportamental em cães (Silva et al., 2019), redução de 60% nos níveis de cortisol em gatos submetidos a treinos não aversivos (Johnson & Lee, 2020) e melhora na cooperação de animais exóticos em procedimentos veterinários (Smith et al., 2021).

A acupuntura é eficaz na neuromodulação da dor (somática e visceral) e na regulação neuroendócrina e visceral em animais. Estudos comprovam ação analgésica (Resende et al., 2021), redução de inflamação articular (Robison et al., 2018), melhora gastrointestinal em gatos (Xie et al., 2019) e modulação do cortisol em cães ansiosos (Silva et al., 2020). Como terapia complementar, potencializa tratamentos convencionais e reduz o uso de fármacos (Oliveira et al., 2022).